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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Bruno Taioli: a história de superação da lenda do skate



Aos nove anos ele já cheirava cola. Aos 11 anos fumava maconha, e por 11 anos permaneceu no crack. Bruno Taioli foi dependente de álcool e drogas por 22 anos e passou por 15 internações sem sucesso. Para se manter no vício, se en­volveu com o tráfico, viveu foragido e a sua relação com a família estava comple­tamente destruída, principalmente com o filho. “Traficava para sustentar o vício, como o perfil de todo dependente quí­mico”, diz.
 
Foi quando, em 1989, recebeu um convite da Patrícia, sua atual esposa, para frequentar a igreja Renascer e viu sua vida mudar completamente, com uma recuperação definitiva.
 
Na época, seu bispo e o principal in­centivador para sua mudança disse: “se a droga faz parte da sua vida todo dia, agora você vai trocar a droga pela igreja, todo dia”.
 
O estímulo deu resultado. Anos de­pois, hoje ele é um dos líderes do GAUF – Grupo de Apoio a Usuários e Familia­res – que busca ajudar, acompanhar e apoiar o processo de recuperação e reabilitação de viciados em drogas, na Renascer Moema.
 
Bruno compreende muito bem a si­tuação de cada um dos participantes do grupo. “A nossa sociedade trata a dependência química como algo físico e emocional, mas esquece o lado es­piritual. Porém, até o Governo hoje re­conhece que as igrejas são os maiores agentes transformadores deste proble­ma da sociedade. Só essa paz espiritual é realmente capaz de curar o vício”, diz Bruno.
 
Skatista há 34 anos, hoje ele faz parte do “Legends”, turma de ex-profissionais que ainda se dedica ao esporte. Ele é tão ligado ao skate que construiu uma mini rampa no quintal de sua casa.
 
Sua história de transformação e vida nova, hoje serve de inspiração para cen­tenas de jovens. Durante os torneios,
Bruno costuma fazer orações no início e no final das disputas. “Após as prega­ções, um bando de doido tatuado vem pedir “benção” pra mim, e destes, mui­tos se convertem”, afirma.
 
As terças, ele reúne dezenas de jovens na Pista de Skate do Sumaré, na Doutor Arnaldo, onde costuma dar aconselha­mentos aos jovens que o procuram.

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