Mulheres no rap mostram que rima rima das ruas também é coisa de mulher, garotas MC´s fazem sucesso com letras mais (melosas), ganham respeito no mundo do hip-hop e provam que a rima também é coisa de mulher.
Elas são da nova geração do rap nacional: menos agressivo e mais melódico. Conquistaram o espaço dominado por eles e deram mais ternura ao hip hop. Brilharam em 2010 e consolidam a carreira este ano, com CDs novos, parcerias e, sobretudo, a chance de viver só de música. São as "minas" da rima. Raras ainda, mas atuantes. Nathy MC, Lurdez da Luz, Flora Matos e MC Stefanie querem equilibrar o jogo, incentivar mulheres a escrever e provar que rima (também) é coisa delas. E que rap também é MPB. É música, popular e brasileira.
"As mulheres conquistam os públicos feminino e infantil que os homens dificilmente terão. A missão feminina é incluir o rap no universo da MPB. O olhar feminino pode ajudar a nos tirar do gueto", filosofa NathyMC, 26, que grava o segundo CD. O primeiro está disponível para download, como manda o figurino 2.0. O próximo show dela é dia 19, na Meow Disco Club, centro de São Paulo.
Flora Matos, 23, já que fez turnê pela Europa, está prestes a lançar o CD "Do Lado de Flora." Já Lurdez da Luz, 31, comemora o primeiro aniversário do disco solo, festejado pela crítica, que a tornou conhecida. "Não tem rap da moda. Tem música que sai da alma, tem a verdade de quem escreve. As mulheres ganham espaço quando têm talento, não porque são mulheres", dispara ela.
Todas dizem ter recebido sempre (ou quase) apoio e respeito dos rapazes do mundo da rima. "Em geral, é uma mulher e sete, oito homens no palco, mas eles curtem e nem se incomodam com nossa presença", diz MC Stefanie, 27, que também grava o primeiro disco este ano, e garante que eles até incentivam as damas que deixam o palco - e o som - mais leve e bem charmoso.
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| Lurdez da Luz |
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| MC Stefanie |
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| Nathy MC |
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| Flora Matos |
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