Marcadores

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A magia do Disco de Vinil



Na contra mão da industria fonográfica, muitos ainda preferem o disco de vinil.O bolachão que durante muitos anos fez a alegria das festinhas familiares e dos bailes pelo mundo, viu o fim do seu reinado quando os CDs dominaram a cena musical. Por ser mais acessível e compacto esta ferramenta de armazenamento de musicas caiu no gosto popular, mas lado a lado com as vantagens proporcionadas pelos CDs surgiu também as desvantagens, pois não precisa ser um entendedor musical para perceber que a fidelidade ao som original é bem maior nos Long Plays (LP). Para os amantes do Vinil encontrar LPs é um trabalho de garimpeiro, você procura, procura, tem dias que só encontra pedras, mas quando menos espera se depara com um ouro, uma raridade, normalmente os sebos e as lojas virtuais são os locais mais visitados por quem está a procura de enriquecer a coleção, alguns colecionadores chegam a pagar preços altos por uma peça, mas se você tiver com sorte poderá encontrar um disco por menos de R$ 5,00.



O Rapper Rapadura que se intitula apaixonado por discos diz que o gosto bom do vinil são as
interrupções sonoras, os chiados “o charme do vinil é o chiadinho, sou apaixonado por discos antigos, é a essência da boa musica, a raiz de tudo que se refere a música”, comentou.Saudosismo ou não, Rapadura não é o único que se rende a originalidade dos bolachões, o que seria da vida dos bons DJs se esta cultura não se perpetuasse, é o que constatou DJ Mancha de Poços de Caldas/MG que risca faz 15 anos e nem sabe mais ao certo o número exato de discos da sua coleção “no caso do CD o DJ fica preso ao aparelho, é o CDJ que conduz tudo, você programa e ele faz o resto, já o vinil exige de você talento e dedicação o DJ está no comando total, trás uma sensação incomparável” concluiu o DJ que guarda a sete chaves sua maior relíquia, o disco “The Payback” de James Brown.


Recentemente o MC Criolo Doido lançou um single em vinil, o LP que foi prensado na Republica Tcheca tem duas faixas e traduz a emoção de muitos músicos que adorariam ter um trabalho em formato Long Play, como é o caso do rapper Eazy Kaos que em 2001 gravou um single com seu antigo grupo Facção Anti Sistema “eu particularmente adoraria lançar meus trabalhos em vinil, pelo prazer de ter o vinil mesmo”, declarou. Kaos ainda acredita que iniciativas como a do Criolo Doido pode ser um exemplo para outros rappers “exatamente por esse lance do amor ao vinil, do desejo do artista de querer ter seu trabalho eternizado”, acrescentou. Realidade Cruel também teve o prazer de gravar um disco em formato vinil, o clássico “entre o inferno e o céu” lançado em 2000 ganhou sua versão em LP no ano seguinte e para Douglas o que restou foi a saudade dos anos de ouro do disco de vinil “hoje, com os avanços tecnológicos, os trabalhos se tornaram mais seguros e mais práticos, mas há sobre o vinil um romantismo inigualável, digamos mágico” comentou. No Brasil contamos com uma fabrica de discos de vinil a Polysom localizada no município de Belford Roxo/RJ, que após três anos fechada reabriu suas portas no final de 2009.

 O primeiro disco de vinil de RAP (segundo minhas pesquisas) lançado no Brasil foi o “Hip Hop Cultura de Rua”, que saiu pela gravadora Eldorado com participações de MC Jack, Thaide, DJ Hum entre outros e é esta relíquia que o grupo A Cura de Ribeirão Preto irá sortear aqui no Portal Rap Nacional. O Grupo A Cura está em estúdio gravando seu primeiro CD com produção de Duck Jam, e propôs que os amantes do vinil falem aqui nos comentários sobre a importância do disco “Hip Hop Cultura de Rua” que agora em 2011 completa 23 anos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário